sábado, 6 de junho de 2009

Dialogo.


- Não me abandonaste querido amigo?
- Jamais, embora tudo que eu veja hoje passe muito rapido por mim. Jamais esqueci de tantas palavras que compartilho com você.
- É isto que sou?
- não é mais do que isso, é fonte, luz, e escuridão, é a contradição do que eu sinto, e do que quero sentir, é a solução , é a transfiguração do que sinto em palavras, é amigo que compartilho.
- Mas não omito opinião.
- A opinião está em minh'alma, tu es como parte minha escrita e corrigida.

Silêncio.

- Perdoe-me, pelo atraso, estou infinitamente atrasada.
- Atrasada para que?
- Para me por em dia com você. Você que me sente, que sou eu, que me põe as ideias no lugar onde exatamente deveriam estar.
- Como? Se sou apenas um vazio , um espaço em branco, mas de fato, sinto falta quando deixas de preencher-me com suas diversas vozes , mesmo que confusa, me sinto cheia de vida, quando fala de seus medos. Ou de seus acertos.
Silêncio.
Silêncio
- O que terão de você agora que está calada?
- O que sempre desejavam ter, a minha omissão, a minha quietude,tenho rancor, guardado e contado milimétricamente. Guardarei tudo, e serei fria aos humanos, não terão um terço da grandiosidade que lhe ofereci. Hoje sou armário de lembranças.
Ficarei muda enquanto me for preciso. Só você saberá as indas e vindas desse coração sem cor.
- Grato. Es parte do meu mundo, assim como sou do teu, não me abandones.
- Jamais, es tudo que tenho, e agora será tudo, mais que tudo, será essencia. É o que preciso.
- Chegamos ao final?
- Não, recomecemos;
Silêncio
Silêncio
Silêncio;.

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